O calendário deixado pelas eleições dos EUA e no que se deve focar agora

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Uma vez conhecido que Joe Biden alcançou o número mágico de 270 votos eleitorais que são necessários para ganhar as eleições nos Estados Unidos, a seguinte data chave é 14 de dezembro, quando, segunda explica Stéphane Monier, CIO da Lombard Odier, “o Colégio Eleitoral tem que se reunir nas capitais dos estados para ratificar a recontagem de cada estado. No sistema eleitoral dos EUA, os votantes votam por um “eleitor” que representa o partido de um candidato. Estes 538 eleitores votam logo pelo presidente em nome dos votantes do seu estado, e cada estado declara todos os seus assentos para o candidato com o maior número de votos, com a exceção do Maine e do Nebraska”.

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O Congresso deve validar os resultados numa sessão conjunta dia 6 de janeiro e o candidato presidencial deve assegurar pelo menos 270 dos 538 votos eleitorais para ganhar. O que acontece se nenhum deles chega a esses 270 votos? Aí a recém-eleita Câmara dos Representantes elegeria o presidente por uma maioria simples, sendo o Senado o encarregado de eleger o vice-presidente. “Se um presidente ou vice-presidente não é eleito até cerca de 20 de janeiro, o Succesion Act presidencial estabelece que o Presidente da Câmara atuaria como presidente até que haja um presidente ou vice-presidente”, afirmam da BlackRock.

Mas também existe a opção, já defendida por Trump, de que se impugne o resultado e seja o Tribunal Supremo (mais conservador hoje do que há um mês depois da morte de Ruth Bader Ginsburg, que foi substituída pela conservadora Amy Coney Barrett) a pronunciar-se, como já aconteceu com as eleições de 2000 nas quais George W. Bush e Al Gore disputaram a presidência. Nessa ocasião, a decisão do Supremo foi conhecida a meio do mês de dezembro. “Poderá haver uma impugnação das eleições por parte de qualquer dos partidos, o que poderá fazer com que não tenhamos uma imagem clara em vários dias até que o Supremo Tribunal decida. Esta incerteza, se se prolongar, poderá suspender as decisões e paralisará parte da economia”, afirma Keith Wade, economista  chefe da Schroders.