Com os primeiros dias de julho a decorrerem fazem-se balanços sobre o semestre que começa. O Banco Privado Atlântico Europa entende ser motivo de preocupação o efeito de contágio das crises eminentes.
Proteção e cuidado. Parece repetitivo, mas estas são de facto as duas palavras mais enunciadas pela indústria financeira, quando se avista o segundo semestre de 2015. Como forma de materializar estas duas caraterísticas, o Banco Privado Atlântico Europa entende, ao nível da alocação de ativos, que “a principal linha condutora é a diversificação, privilegiando a relação risco/retorno em termos relativos, e a implementação de estratégias de proteção”.
A estratégia que mais se salienta dizem ser “a alocação a instrumentos alternativos, de forma a reduzir a volatilidade e direccionalidade das carteiras, e a obter alpha (retorno) de forma menos correlacionada”.
Na lista de desafios que a entidade vê como mais relevantes na entrada para o segundo semestre do ano está a manutenção da “dinâmica de recuperação da economia europeia, minorando o impacto da crise na Grécia ou de temas geopolíticos, como o conflito na Ucrânia”. Olham com mais inquietação para o “efeito de contágio a outros países/regiões/mercados provocado por uma destas crises, levando a maior volatilidade e, possivelmente, a correcções no mercado”. A saída da Grécia da Zona Euro é assim entendida como um evento “de extrema gravidade”, pois “condicionaria seriamente o projeto europeu a médio prazo”. No campo das possibilidades falam de 50% de probabilidade do Grexit se materializar.
Numa abordagem mais genérica sobre o desempenho das principais regiões, esperam que na segunda metade de 2015 a economia mundial apresente um crescimento moderado, de cerca de 3% no ano, “suportado por políticas acomodatícias da grande maioria dos bancos centrais”. Também esperam um crescimento moderado dos EUA – de 2% em 2015 – com os resultados empresariais a abrandarem.
As economias apontadas no trilho da recuperação, são a europeia e a japonesa. No caso do velho continente falam de um crescimento de 1,5% no ano, com os resultados empresariais a registarem uma forte recuperação, crescendo acima de 10% em 2015. Para a economia japonesa preveem um crescimento de 2% em 2015, com os resultados das empresas a superarem os 10% de crescimento.
Relativamente à China, uma economia que muitos receiam poder vir a desapontar, o Banco Privado Atlântico Europa concorda com a expectativa de uma economia em forte crescimento – 7% em 2015 – e com os resultados das empresas muito fortes.