Luís Lobo Jordão, CFA, do PPR SGF Stoik, estará de olho no ritmo de propagação do Covid-19 e no impacto das políticas públicas tendentes a reduzir a sua propagação.
(O contributo desta semana é da autoria de Luís Lobo Jordão, CFA, do PPR SGF Stoik)

Fonte: Expresso
O tema incontornável do momento é a evolução da pandemia global do Covid-19.
A minha atenção vai para as questões de saúde pública que origina e, mais concretamente, a sua evolução exponencial e o impacto das políticas públicas tendentes a reduzir a sua propagação.
Para permitir o funcionamento dos sistemas de saúde as medidas anunciadas visam um “flattening the curve”.
Curiosamente, tem sido o oposto do que os Bancos Centrais têm tentado fazer com a curva de rendimentos, onde o corte de taxas de juro tem tentado manter uma inclinação positiva.
Quem me conhece sabe que tenho estado envolvido em várias iniciativas de literacia financeira e um dos desafios que temos é tentar mostrar o potencial do juro composto no investimento.
Como Einstein terá dito “Compound interest is the 8th wonder of the world. He who understands it, earns it; he who doesn't, pays it.”
Tento geralmente usar histórias para explicar o conceito, mostrando o potencial do juro composto no lado positivo mas também no lado negativo.
Ora agora parece que infelizmente há uma história bem actual que exemplifica o juro composto no lado negativo (também acho que já ninguém vai perguntar para que serve o fundo de emergência…).
Portugal está com uma taxa de crescimento de casos de 40% ao dia, o que implica duplicar os casos a cada dois dias.
Aqui podemos verificar como cada país se está a comportar em termos de “flattening the curve”:
Esperemos que o mundo em geral e os portugueses em particular consigam achatar a curva e superar mais este desafio.