Três medidas que a Allianz Global Investors tomou para evitar um novo caso Structured Alpha

A fraude dos Structured Alpha da Allianz Global Investors nos Estados Unidos é limitada. O Departamento de Justiça dos EUA confirmou que não há indícios de falhas de controlo que afetem outras áreas da organização. A má conduta ocorreu apenas dentro da equipa Structured Alpha, sem que ninguém do grupo de produtos estruturado soubesse ou participasse na fraude. Mas, independentemente disso, a Allianz Global Investors está a mover-se internamente.

A entidade iniciou há mais de um ano a implementação de medidas para melhorar a supervisão, análise de investimento e controlos de comunicação com os seus clientes. “E continuará a implementar melhorias no enquadramento do cumprimento e risco”, disse Stefan Lutz, responsável de Comunicação para a Europa da empresa alemã, à FundsPeople.

Relativamente às deficiências de controlo interno identificadas pelas autoridades norte-americanas, a entidade tomou uma série de medidas para melhorar os seus sistemas e controlos de cumprimento, de risco e de gestão de carteiras, destinados a abordar determinadas áreas prioritárias de governance e controlo.

“No que diz respeito à gestão de riscos, já foram implementadas algumas melhorias, na sequência da incorporação de Ludovic Lombard como responsável de Risco da Allianz Global Investors. Entrou na empresa em maio de 2021 e tem uma vasta experiência, especialmente na gestão de riscos de investimento”, sublinha Lutz. Como explica, entre as medidas já concluídas, que foram implementadas para todas as entidades do grupo, incluem:

  1. O estabelecimento de testes de stress reforçados para identificar que os fundos com elevados níveis de risco são justificados pela abordagem de gestão;
  2. Revisões ao processo usado para reportar carteiras à medida que se aproximam dos limites de risco;
  3. A criação de novos relatórios de risco específicos da carteira em todas as classes de ativos.

 A gestora também implementou melhorias em termos de comunicação com o cliente. É algo muito orientado para o processo. “Lançámos um projeto à escala da empresa, que visa melhorar ainda mais os processos e controlos em torno da revisão de todos os tipos de comunicação do cliente. Isto será facilitado pela utilização de uma base de dados central, para a revisão e aprovação de comunicações que são enviadas aos clientes para uso por todo o pessoal, incluindo uma revisão periódica do conteúdo, conforme necessário”, revela Lutz.