Tal como explicam Ulrik Fugmann e Edward Lees, gestores do BNP Paribas Energy Transition, fundo com Rating FundsPeople 2022, também existem oportunidades atrativas em relação aos componentes utilizados para fabricar equipamentos solares.
Ao contrário do tradicional setor da energia, dominado por empresas líderes nacionais e internacionais, o mercado da energia solar é caracterizado por um conjunto de fornecedores muito mais amplo. Isto torna-o muito competitivo, uma vez que as empresas competem para obter uma vantagem técnica, vencer os obstáculos do abastecimento e abordar as alterações periódicas da regulamentação e da política governamental. No entanto, o ângulo de investimento para apostar em energia solar não se limita aos fornecedores e instaladores.
Tal como explicam Ulrik Fugmann e Edward Lees, gestores do BNP Paribas Energy Transition, fundo com Rating FundsPeople 2022, também existem oportunidades atrativas em relação aos componentes utilizados para fabricar equipamentos solares (como os investidores e as baterias).
Software, produção e abastecimento de matérias-primas
“O software é uma área que está a mudar rapidamente graças ao crescimento da aprendizagem automática. Esta tecnologia oferece agora microrredes de centrais elétricas virtuais, a possibilidade de beneficiar do carregamento bidirecional das frotas de veículos elétricos, permitindo, desta forma, que a energia excedente volte à rede, e o desenvolvimento de novos algoritmos que possam ajudar os utilizadores a vender energia à rede nos momentos e preços certos”, explicam.
Por outro lado, de acordo com os gestores da BNP Paribas AM, a nova lei norte-americana para a Redução da Inflação cria um viés de investimento made in America, uma vez que incentivará as empresas a deslocalizarem a produção e o abastecimento de matérias-primas. “Estas tendências de deslocalização, com o tempo, também devem contribuir para atenuar os bloqueios da cadeia de abastecimento”.
Na sua opinião, não há dúvidas de que a transição energética está a criar um fluxo de oportunidades de investimento, especialmente no segmento da energia solar. No entanto, o grande número de empresas que operam neste setor, aliado à velocidade dos avanços transformacionais, dificulta a descoberta de empresas com hipóteses de sobreviver e crescer durante os próximos 10 a 20 anos por parte dos investidores.
A estratégia implementada pelo Grupo de Estratégias Ambientais da Gestora não consiste apenas em identificar as soluções ambientais mais inovadoras que existem no mercado, mas também descobrir as empresas que estão a ter um verdadeiro impacto. “Utilizando a visão integral de especialistas (que tem em conta tanto os temas do passado como as tendências do futuro), pretendemos identificar as empresas que podem ser, com o tempo, as vencedoras de amanhã”, concluem.