Depois da operação falhada de fusão entre a Pioneer Investments e a Santander AM, a gestora italiana voltou a ser ‘sondada’ por vários dos seus compradores, o que deu lugar nas últimas semanas a vários rumores no mercado. A Amundi saiu em resposta sobre uma informação publicada no diário italiano II Messaggero – onde se afirmava que esta tinha feito uma oferta de aquisição de 4.000 milhões de euros – mediante a publicação de um comunicado oficial em que quiseram aclarar vários pontos.
Em primeiro lugar, a entidade francesa admitiu que fez uma oferta não vinculativa de compra sobre a Pioneer, em coerência com a estratégia de crescimento e expansão que tinham apresentado no momento do seu IPO, no passado novembro de 2015. Em segundo lugar, desmente o valor indicado pelo meio de comunicação, embora sem apontar dados sobre os termos reais da sua oferta. Finalmente, quiseram reiterar que “esta política de aquisição se refere a critérios estritamente financeiros, em particular, um retorno sobre o investimento superior a 10% num horizonte de três anos”.
Fontes da Pioneer consultadas pele meio referido recusaram fazer qualquer comentário sobre a oferta da Amundi. A fusão entra a Santander AM e a Pioneer Investments foi cancelada no passado dia 27 de julho, nove meses depois de ter sido oficialmente comunicado ao regulador. Foi determinante a contratação de Jean Pierre Mustier como novo CEO da Unicredit, que se encarregou da revisão das condições do acordo vinculante entre ambas as entidades. José Antonio Álvarez, CEO do Banco Santander, comentou relativamente ao cancelamento da operação: “Tentámos cumprir as expetativas dos reguladores, mas não fomos capazes de o fazer, e finalmente acabàmos por cancelar”. Além de colocar a Pioneer à venda, outra das opções que a Unicredit tinha considerado para o seu braço de gestão foi o seu potencial IPO, para assim acelerar o seu crescimento.