Montante gerido pelos fundos de pensões cresceu quase 80% na última década

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Numa profunda análise, o Relatório de Estabilidade Financeira elaborado pela ASF olha para vários segmentos do setor segurador. Depois de lhe termos mostrado a dimensão climática no setor de seguros e fundos de pensões e os riscos associados a essa dimensão, chega a vez de fazer uma retrospetiva sobre os fundos de pensões portugueses.

Crescimento de quase 80%

A ASF foi olhar então para a última década e concluiu que o "valor do património dos fundos de pensões tem vindo a apresentar um crescimento contínuo". Apenas 2018 ditou uma interrupção desse crescimento de 1,5%. Um desaire que ficou então explicado pelo "comportamento desfavorável dos mercados financeiros".

Fica visível que na última década os montantes geridos cresceram 79%, atingindo no final de setembro um montante gerido de 23,7 mil milhões de euros.

Fonte: ASF

2020, por sua vez, marcou uma quebra no setor, mais concretamente de 4,9% dos montantes geridos no primeiro trimestre desse ano. Apesar da "influência da queda abrupta dos mercados financeiros em março desse ano", o regulador recorda que "o setor conseguiu alcançar um desempenho anual positivo, consubstanciado num aumento de 5,6% dos ativos sob gestão".

Por fim, em 2021, e até ao segundo e terceiro trimestres, os montantes geridos apresentaram um crescimento de 2,3% e 3%, respetivamente. A entidade destaca "o segmento dos planos individuais, que registou um acréscimo de 11,1% e de 15%, a junho e setembro, respetivamente".

A nível internacional e com base em dados do Global Pension Assets Study publicado pelo Thinking Ahead Institute, da Willis Towers Watson, viemos que os ativos dos fundos de pensões nos 22 países mais relevantes alcançaram também um recorde de património, para os 56,6 biliões de dólares no final de 2021, com um crescimento de 6,9% no ano.

Melhoria das rentabilidades

Em 2020 a rentabilidade média dos fundos de pensões situou-se nos 3,6%. Em 2021, por sua vez, o primeiro semestre de 2021 trouxe um retorno médio de 1,5% aos produtos, valor que se elevou para os 2,4% em setembro do mesmo ano.

A ASF explica que "o desempenho financeiro no terceiro trimestre contribuiu para uma melhoria geral dos níveis de rendibilidade apurados". Desse modo, dizem, "a proporção dos montantes geridos com uma rendibilidade positiva" incrementou-se "de aproximadamente 61%, até junho, para cerca de 87%, até setembro".

Fonte: ASF