Não temos de pôr todos os ovos no mesmo cesto, mas...

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Créditos: Annie Spratt (Unsplash)

Os resultados de um estudo do Flossbach von Storch Research Institute mostram que os investimentos em ações individuais devem ser abordados com cautela. A diversificação ajuda. Ao repartir um investimento entre vários títulos, reduz-se ao risco de ficar exposto à rentabilidade negativa de um só. No entanto, em simultâneo, um investimento num mercado mais vasto também reduz a oportunidade de participar nos aumentos de valor muito positivos das ações individuais.

“Ao selecionar e ponderar ativamente vários valores numa carteira, as rentabilidades e os riscos podem ser geridos com maior precisão. Por exemplo, um alto grau de dispersão nas rentabilidades da carteira pode ser reduzido se os investimentos forem feitos principalmente em grandes empresas”, recorda Philipp Immenkötter, analista sénior de investigação do Flossbach von Storch Research Institute.

Os custos da sobrediversificação

Uma revisão dos anos de 2003 a 2012 mostra que quanto mais valores estiverem incluídos numa carteira, menor é a probabilidade de perder valores importantes de elevada rentabilidade. Não obstante, ao mesmo tempo, os custos da sobrediversificação sob a forma de ações de baixa rentabilidade na carteira aumentam.

Por isso, quando se trata de diversificar, pode valer a pena adotar um caminho intermédio. "Não é preciso colocar todos os ovos no mesmo cesto, mas nem todos os cestos teoricamente o possibilitam. Isto permite que os investidores construam ativamente uma carteira composta por ações com um perfil da rentabilidade/risco atrativo. E com um baixo custo”, afirma o especialista.

“Mesmo com esta estratégia, há o risco de deixar de investir nas melhores empresas. Ao mesmo tempo, porém, há pelo menos uma hipótese real de ter melhores resultados do que o mercado e a rentabilidade de alguns valores individuais”, continua.

Qual das estratégias é melhor para os investidores: investir no mercado em geral ou numa carteira de valores individuais ativamente selecionados? Isto é decidido pela qualidade da análise das empresas e pelas preferências pessoais, entre outras coisas. É também evidente que a concentração num pequeno número de valores individuais que pareciam promissores só deu frutos num número muito reduzido de casos. Isto é, pelo menos, o que concluíram com o seu estudo.