Com uma taxa de desemprego de 3,8%, os Estados Unidos encontram-se em situação de pleno emprego. Que consequências terá esta evolução no mercado de trabalho? Uma análise de Isabel Hrotko, analista da WMU do Millennium BCP.
(O Chart of the Week desta semana é da autoria de Isabel Hrotko, analista da WMU Millennium BCP)

Após vários anos de crescimento do emprego, a economia norte-americana encontra-se em pleno emprego, com a taxa de desemprego a situar-se em 3,8%. Os indicadores mais recentes sugerem um “overheating”: o gráfico compara os “job openings”, ou seja, as vagas disponíveis de empregos, com o número de pessoas desempregadas, sendo visível que, recentemente, passaram a existir mais vagas por preencher do que número de desempregados à procura de emprego. Ou seja, atualmente, a procura excede a oferta disponível no mercado de trabalho norte-americano, o que apesar do baixo crescimento dos salários neste ciclo, indicia uma maior pressão nos próximos meses. Com o vigor do mercado trabalho, a inflação próxima do objetivo e o estímulo fiscal adicional, a economia norte-americana já não necessita do estímulo da política monetária.