Uma análise ao desempenho dos fundos poupança reforma do mercado nacional no último ano, de acordo com as suas características de risco. Que produtos se destacam em cada nível de risco?
O ano de 2018 já começou mas importa olhar para o ano transato e analisar o comportamento dos fundos de poupança reforma nacionais (de entidades associadas APFIPP). Divididos de acordo com o indicador sintético de risco e remuneração pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), olhemos para os produtos que mais se destacam em cada nível de risco para que possamos compreender quais registaram o melhor desempenho em 2017.
Nível 2 de risco
Com um nível 2 de risco a um ano, o Santander Poupança Prudente apresenta uma rentabilidade de 1,40%. O património sob gestão do fundo gerido por Pedro Ribeiro ascende a 159 milhões de euros e a sua carteira é composta por um misto de obrigações de empresas financeiras e não financeiras (54,4% e 45,6%, respetivamente).
Imediatamente a seguir encontramos o Bankinter PPR Obrigações, também com um nível 2 de risco a um ano, mas com uma rentabilidade de 0,86% no ano transato. Já o seu volume de ativos sob gestão ascende a cerca de 38,65 milhões de euros.
Destaque também para o BPI Reforma Segura, um fundo que ao contrário dos anteriores apresenta o nível 1 de risco a um ano, tendo alcançado uma rentabilidade de 0,69% no período em questão. O património sob gestão deste produto é de 765,7 milhões de euros e a sua carteira é composta tanto por obrigações soberanas, como por obrigações corporativas.
Fundos PPR (nível 2 de risco atribuído pela APFIPP) com rentablidade positiva em 2017
Fonte: APFIPP, 29 de dezembro de 2017
Nível 3 de risco
Neste patamar de risco, o produto em destaque pertence à Futuro e a sua rentabilidade foi de 7,40%. Trata-se do PPR 5 Estrelas, um produto que gere um património de cerca de 124,3 milhões de euros e cuja carteira apresenta uma exposição de 18,50% ao segmento acionista. Já os títulos de dívida representam 63,20% da composição da carteira deste fundo.
Outro dos destaques é o PPR Vintage, um produto gerido por Ana Luísa Brito, mas que apresenta o nível 2 de risco a um ano e cuja rentabilidade foi de 4,34% no período em análise. Com um volume de ativos sob gestão superior a 23 milhões de euros, a sua carteira apresenta uma exposição de apenas 13,36% ao segmento acionista.
Fundos PPR (nível 3 de risco atribuído pela APFIPP)
Fonte: APFIPP, 29 de dezembro de 2017
(2) - As rendibilidades apresentadas para estes fundos têm como data de referência o dia 28 de dezembro de 2017
Nível 4 de risco
A rentabilidade de 9,23% coloca o NB PPR, um produto gerido por Paulo Joaquim, numa posição de destaque neste patamar de risco. Não obstante, a um ano o seu nível de risco é 3. Dito isto, a sua carteira apresenta um exposição de 83% ao segmento obrigacionista, sendo que o seu património sob gestão ascende a mais de 15,4 milhões de euros.
O segundo produto mais rentável deste conjunto é o PPR BIG Taxa Plus, um fundo gerido pela Futuro e que registou uma rentabilidade de 8,50%. O volume sob gestão deste produto supera os 40,9 milhões de euros e a sua exposição ao segmento obrigacionista é superior a 90%.
Fundos PPR (nível 4 de risco atribuído pela APFIPP)
Fonte: APFIPP, 29 de dezembro de 2017
(2) - As rendibilidades apresentadas para estes fundos têm como data de referência o dia 28 de dezembro de 2017
Nível 5 de risco
No nível 5 de risco encontramos apenas um produto, ainda que a um ano o seu nível de risco seja 3. Falamos do BBVA Dinâmico PPR Ações, um produto que alcançou uma rentabilidade de 2,01%.