Em princípios de abril passado, o Comité de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic para 11% ao ano após um novo ajuste de 0,25 pontos percentuais naquela que foi uma decisão unânime por parte do Copom.
Segundo o último Relatório de Inflação (RI) publicado no final do mês passado pelo Banco Central do Brasil a taxa de inflação irá demorar algum tempo a atingir a meta prevista pelo Governo de Dilma Rousseff, sendo que a previsão aponta apenas para o ano de 2016. Desta forma o Relatório de Inflação também espera que a Taxa Selic também não sofra qualquer oscilação durante um período prolongado.
Para a Bradesco Asset Management, através do seu último Informe Económico, o “RI foi realista nas projeções e diagnósticos mas, aparentemente, quando discutem a implementação da política monetária, o BC parece julgar que o balanço de riscos é mais neutro, ou positivo, do que seus próprios números indicam, ao sinalizar que, apesar dos riscos, as pressões inflacionárias tendem a moderar ou até mesmo a desaparecer. Apesar desse julgamento futuro benigno, o RI descarta corte de juros nos próximos trimestres e indica que Selic deve ficar estável em 11,0% por um longo período”.
Real já valorizou mais de 7,5% em 2014
Segundo as contas publicadas pela gestora, a moeda brasileira já valorizou mais de 7,5% em 2014 face ao dólar, estando a cotar nos 2,20. Das mais de 15 moedas analisadas, o Real é inclusivé aquele que mais valorizou face à moeda norte-americana, seguindo-se o dólar australiano com uma valorização de 5,63%.