Update do M&G (Lux) Dynamic Allocation: aposta nas bolsas globais e nas obrigações emergentes

Juan Nevado e Craig Moran M&G Dynamic allocation
Juan Nevado e Craig Moran. Créditos: Cedida (M&G)

O M&G (Lux) Dynamic Allocation comandado por Juan Nevado e Craig Moran é um fundo misto flexível com o duplo objetivo de fazer crescer o capital e gerar rendimentos de 5-10% em média, por ano, durante qualquer período de três anos. E quando os gestores da M&G Investments falam de flexibilidade no mandato, falam a sério. A filosofia de investimento baseia-se em explorar as finanças comportamentais.

Definem o seu enfoque como a combinação da análise rigorosa dos preços dos ativos e dados económicos com as finanças comportamentais, uma forma de entender o efeito das emoções dos investidores nas suas decisões de investimento. "Avaliamos os preços dos ativos em relação ao que consideramos o valor justo (neutralidade) dentro do nosso contexto de investimento multiativos, tanto de uma perspetiva estratégica como tática, em função do contexto de investimento que impera", explicam os gestores deste fundo com Rating FundsPeople.

Erros e boas apostas de 2021

Uma das boas apostas da equipa gestora no ano passado foi o uso da flexibilidade para gerir a parte de rendimento fixo. Concretamente, abriram uma posição curta em obrigações do Tesouro norte-americano a cinco anos em março de 2021. Com este movimento responderam ao risco de que a Reserva Federal elevasse as taxas antes do previsto, o que na sua opinião não estava suficientemente contemplado. A posição trouxe uma rentabilidade positiva no ano e continua a funcionar bem no período já decorrido de 2022.

Mas também existiram apostas que não deram frutos. O fundo arrancou 2021 posicionado para aproveitar qualquer oportunidade tática que pudesse surgir. Lamentavelmente, existiu uma notável ausência de tais oportunidades, reconhecem os gestores.

Posicionamento para 2022 do M&G (Lux) Dynamic Allocation

Juan Nevado e Craig Moran estão convencidos de que a recuperação mundial continuará. Por isso, argumentam que os catalisadores de rentabilidade mais relevantes deverão ser a sua alocação diversificada a ações globais, assim como uma seleção de obrigações soberanas de mercados emergentes, pela sua atrativa rentabilidade. "Acreditamos que o posicionamento atual da carteira, juntamente com a nossa disposição - através de uma importante alocação de liquidez - para aproveitar um potencial incremento de volatilidade do mercado significa que estamos preparados para atuar de forma decisiva quando surjam o que consideramos ser oportunidades. Estamos, no entanto, conscientes da possibilidade de que se produzam resultados inesperados no mercado", afirmam.

Na verdade, esperam que continue a pressão a curto prazo sobre as obrigações de curta duração. Porque as taxas estão a ajustar-se à retórica mais agressiva dos bancos centrais. No entanto, consideram também que o mercado poderá tornar-se demasiado agressivo para seu próprio bem, especialmente se a inflação se moderar um pouco. Num contexto assim, as ações podem continuar a ter uma boa evolução se forem sustentadas por um crescimento sólido, vaticinam.