O montante gerido pelos fundos de pensões decresceu tanto no trimestre, como no início do ano. Até março, contudo, há entidades que fugiram a este declínio.
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Essencialmente por causa de um movimento que já lhe demos a conhecer recentemente, o segmento de gestão de fundos de pensões encurtou no primeiro trimestre do ano. Os dados trimestrais da APFIPP mostram que o montante gerido por estes produtos no universo de gestoras associadas caiu 14,4% face ao trimestre anterior, ficando-se pelos 18.057,4 milhões de euros. Em termos anuais, os dados da Associação demonstram que houve uma descida de 21,9% no património dos fundos de pensões.
Ao nível das maiores entidades, a Ageas Pensõescontinua líder de negócio com uma quota de mercado de 33,9% e 6.124,1 milhões de euros de ativos sob gestão. No trimestre a entidade avançou 1,2%, enquanto desde o início do ano teve um decréscimo de quase 5%.
Três entidades em destaque no trimestre
Na análise mais pormenorizada ao trimestre, algumas entidades destacaram-se pelo seu crescimento. Em termos percentuais, o destaque foi para a Real Vida Seguros. A entidade avançou 8,8% para os 109,8 milhões de euros. Destaque também para aBPI Vida e Pensões e Golden - SGF, ambas com um crescimento percentual e 2,7% nos primeiros três meses do ano. Em termos absolutos, a BPI Vida e Pensões foi mesmo a entidade que maior progressão registou. Avançou 71,9 milhões de euros para os 3.088,4 milhões de euros no final de março.
Desde o início do ano, os resultados não são os mais favoráveis para as gestoras de fundos de pensões. Este segmento de negócio continua a apresentar uma variação negativa que quase toca nos 22%, como já referido. À exceção de duas entidades - a Santander Pensões e a Golden-SGF - todas apresentam uma variação negativa nos seus ativos desde que 2023 começou.
Fonte: APFIPP, final de março de 2023. Apenas são considerados os Fundos geridos pelas Associadas da APFIPP. De acordo com dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, em 31 de março de 2023, os fundos geridos por estas sociedades representavam, 98,7% do total de fundos de pensões portugueses.