O relato financeiro de fevereiro de 2024 foi um de otimismo cauteloso, com um olhar muito atento às variáveis que influenciam a inflação, restrições de oferta de commodities e movimentos específicos de setores.
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Em fevereiro, os investidores navegaram num ambiente económico complexo, equilibrando os últimos dados da inflação com os resultados corporativos e as tendências das mercadorias. Veremos neste artigo que tendências se verificaram nos ETF mais subscritos do segundo mês do ano.
No ranking dos ETF mais subscritos do mês de fevereiro do Banco Carregosa, podemos encontrar temas como o ouro e a tecnologia, como o iShares Gold Producers UCITS ETF e o iShares Automation & Robotics. Os ETF sobre ações são a grande maioria, existindo também um ETF de obrigações.
Segundo João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, “o mês começou com os números do Deflator PCE YoY a serem publicados conforme esperado, ainda que abaixo dos valores anteriores, o que levou a uma correção nas yields das obrigações e a uma apreciação do dólar”. Apesar desses movimentos, “a volatilidade do mercado, indicada pelo VIX, suavizou”, acrescenta o profissional, o que sugere que os investidores estão confiantes na possibilidade de um corte na taxa de juro pela Reserva Federal ainda antes do verão.
No mercado de ações, as empresas de megacapitalização como a Apple e a Tesla, que anteriormente impulsionaram ganhos substanciais no S&P 500 e no NASDAQ100, registaram correções menores. Em contraste, expõe João Queiroz, “empresas como a NVIDIA, INTEL, ARM e AMD registaram ganhos, indicando uma mudança na liderança do mercado”.
O relato financeiro de fevereiro de 2024 foi um de “otimismo cauteloso”, com um olhar muito atento às variáveis que influenciam a inflação, restrições de oferta de commodities e movimentos específicos de setores, “à medida que os investidores se posicionavam para futuras decisões dos bancos centrais, recordando que secularmente a primeira descida de juros tende a coincidir com uma generalizada correção dos preços dos ativos de risco”, esclarece o profissional.
Títulos de dívida pública dos EUA em destaque
Por sua vez, nos ETF mais subscritos de fevereiro do Banco Best, o destaque vai para os títulos de dívida pública dos Estados Unidos, que conta com três ETF no Top 10. Estes dominam o pódio deste mês, mas com o 1.º lugar a pertencer ao setor tecnológico, nomeadamente para a indústria dos semicondutores.
Olhando para as obrigações, as preferências deste mês recaíram sobre o Amundi Euro Government Bond ETF, um índice diversificado sobre obrigações governamentais europeias; o Direxion Daily 20 Yr + Treasury Bull 3x Shares; o iShares 25+ Year Treasury STRIPS Bond, investimento em obrigações do índice de STRIPS; o iShares JPM USD EM Bond EUR Hedged, que replica o índice JP Morgan Emerging markets Bond; e sobre o Direxion Daily 20 Yr + Treasury Bear 3x Shares.
“Nos índices de ações, destaque para o Nasdaq-100, com as alternativas WisdomTree Nasdaq100 Daily (3x) daily Leveraged, cotado em EUR, e o ProShares UltraPro QQQ ETF - ambos instrumentos com componente de alavancagem”, afirma Ângelo Custódio, trader do Banco Best.
Por último, destaque ainda para o setor dos bancos regionais nos EUA, “com o ETF Direxion Daily Regional Banks Bull 3X Shares, a refletir a performance do Índice S&P Regional Banks, que em 2023 recuou cerca de 10%”, acrescenta o profissional.