O Chart of the Week desta semana é da autoria de Raul Afonso, CFA, Chief Economist, na MFO.
(O Chart of the Week desta semana é da autoria de Raul Afonso, CFA, Chief Economist, na MFO)
Numa semana que marcou o início do mais longo período de expansão nos EUA, ultrapassando o recorde de 120 meses de crescimento económico, obtido entre Março de 1991 e Março de 2001, muito se começa a falar sobre a próxima recessão.
Porém, se olharmos para a história, desde a Segunda Guerra Mundial, nos EUA o tempo de duração de uma expansão variou entre 12 a 120 meses, não existindo evidência de reversão à média por parte do crescimento económico, nem de uma duração tipificada para a expansão. Além disso, e apesar de 10 anos parecerem muito tempo, não nos podemos esquecer do período ininterrupto de crescimento, entre 1992-2008, no Reino-Unido e muito menos dos já 28 anos que a Austrália leva sem ter tido uma recessão económica.
Assim, e apesar de todos os riscos latentes, o gráfico acima mostra que as condições financeiras nos EUA se tornaram significativamente mais acomodatícias desde o início do ano, e que este factor historicamente tem um impacto positivo no crescimento do PIB, normalmente com um desfasamento de 6 a 9 meses. Não parece, assim, óbvio que por já ter mais de 10 anos o ciclo de expansão económica tenha de acabar e a melhoria das condições financeiras sugere que o crescimento económico tem espaço para se fortalecer nos próximos meses.