Portugal volta a ir aos mercados num leilão de Bilhetes do Tesouro a 6 e a 12 meses, colocando um montante total de 1.340 milhões de euros.
Depois de em janeiro ter realizado a primeira emissão de dívida de curto prazo de 2018, Portugal voltou aos mercados. No mais recente leilão de Bilhetes do Tesouro a 6 e a 12 meses foram colocados 1.340 milhões de euros e as taxas registaram um ligeiro decréscimo face ao leilão de janeiro.
Para o prazo mais curto o montante emitido fixou-se nos 350 milhões de euros, a uma taxa negativa de 0,424%. A procura, por sua vez, superou a oferta em 2,99 vezes. Quanto ao prazo mais longo, o montante emitido ascendeu a 990 milhões de euros e a taxa fixou-se em -0,394%, com a procura a superar a oferta em pouco mais do dobro.
Para João Queiroz, diretor de negociação do Banco Carregosa, “as taxas para esta dívida de curto prazo saíram em linha com o mercado”, sendo que Portugal continua a beneficiar de condições de liquidez facilitadas pela política do BCE e “de uma perceção do risco pouco realista”. Por outro lado, quanto ao aumento da procura face às últimas emissões de dívida e da descida ligeira das taxas, o diretor acredita que esta dinâmica “significa que o mercado está a acreditar no curto prazo, ou seja, que o BCE não vai subir os juros, pelo menos até ao final deste ano”.