Segundo a Nordea, em 2013, os investidores estão à procura de rendibilidade, o que na classe de obrigações, só se consegue com títulos de maturidades mais longo ou assumindo mais risco através da compra, por exemplo, de dívida portuguesa.
Portugal conseguiu colocar 2.500 milhões de euros em títulos de longo prazo, o que significou o retorno do país aos mercados desde o seu resgate. Na Nordea, consideram que a venda de títulos portugueses foi apenas o mais recente lembrete de que a confiança na zona do euro está a regressar. No entanto, não foi caso único nos tempos recentes."Os resultados dos leilões de Espanha e Itália também são ilustrativos, deixando claro que o interesse estrangeiro em dívida periférica europeia sofreu uma grande recuperação", dizem eles.
Explica a entidade nórdica num artigo, no ano novo, os investidores estão desesperadamente à procura de rendibilidade. "Na classe de obrigações, isso significo optar por maturidades mais longas ou assumir mais risco de crédito, como por exemplo através da compra de títulos portugueses.Além disso, muitos investidores teram perdido os bons rendimentos oferecidos pela dívida portuguesa em 2012 e não querem voltar a cair no mesmo erro”. Apesar do último 'rally', o rendimento desta classe de activos permanece alto em comparação com países como Espanha e Irlanda.
Segundo os profissionais desta entidade, um regresso gradual de Portugal aos mercados parece ser a alternativa mais provável, embora as condições actuais permitissem maiores volumes de emissão. Pelo menos a curto prazo. "A Irlanda e Portugal estão a fazer progressos significativos para recuperar o pleno acesso ao mercado obrigacionista." Portugal, portanto, também se beneficiará mais da ajuda do BCE, enquanto a autoridade monetária estará sob uma pressão considerável para definir exactamente o que quer dizer com total acesso ao mercado de crédito (obrigações).