Títulos de dívida possuem peso maioritário nas carteiras dos fundos de pensões

fundos de pensões PPR
Créditos: Towfiqu Barbhuiya (Unsplash)

No Relatório de Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões da ASF referente ao quarto trimestre de 2023 é possível verificar que os ativos geridos diminuíram em dezembro do ano passado face a dezembro de 2022. Desta forma, e segundo afirma a ASF, "os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam, no final de dezembro de 2023, cerca de 18,9 mil milhões de euros, o que correspondeu a um decréscimo de 11,2% face ao final do ano anterior, influenciado pela extinção no final de 2022 de um fundo fechado de cerca de 3 mil milhões de euros".

Olhando mais em pormenor para os dados da tabela abaixo, podemos observar que, comparando com dezembro de 2022, os fundos abertos viram o total dos seus montantes sob gestão aumentar 7,22%. Dentro das suas várias tipologias, a que registou um maior aumento foram os PPA - fruto da evolução do mercado nacional de ações -, seguidos dos PPR. Por sua vez, os fundos de pensões fechados registaram um decréscimo de 14,7% do seu montante sob gestão, principalmente pela razão anteriormente mencionada. No entanto, face a setembro de 2023, todos os fundos, abertos e fechados, apresentaram um aumento.

Montantes geridos dos fundos de pensões

A ASF menciona ainda que, "ajustando o impacto da extinção do fundo fechado referido anteriormente, e excluindo o efeito de 7,6% decorrente dos ganhos financeiros gerados pelos fundos de pensões, o saldo líquido entre o montante das entradas (contribuições) e das saídas (pensões e outros pagamentos de benefícios) correspondeu a -2,6%".

Olhando para a estrutura da composição das carteiras, esta foi semelhante à do final de 2022. No entanto, a ASF destaca o "aumento da exposição a títulos de dívida pública em detrimento da diminuição do peso das obrigações privadas nas carteiras dos fundos de pensões".

Assim, em dezembro de 2023, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (50%), seguindo-se os fundos de investimento (36%). Já os imóveis (8%), ações (4%) e depósitos bancários (2%) continuam a ser as categorias com menor peso. O peso dos fundos de investimento no total das carteiras manteve-se relativamente estável no ano.

Composição das carteiras de investimento dos fundos de pensões