Em setembro do ano passado a FundsPeople olhava para as ações que dominavam então os fundos nacionais de ações europeias. Ficava evidente então o destaque das empresas do setor financeiro, em termos do número de nomes que ocupavam a lista, muito embora a tecnologia e os bens de luxo dominassem os maiores pesos. Virado o ano e quase seis meses depois, estas conclusões não mudaram sobremaneira, mas outras variações sobressaem.
Antes de mais, de realçar que o universo de análise é constituído pelos fundos nacionais da categoria de ações europeias, sendo eles o BPI Euro Grandes Capitalizações e BPI Europa, ambos da BPI Gestão de Ativos; o Caixa Ações Europa Socialmente Responsável, da Caixa Gestão de Ativos; o IMGA European Equities, da IMGA; o Montepio Ações Europa, da Montepio Gestão de Activos; e o Santander Acções Europa, da Santander Asset Management. O resultado exposto na tabela representa a média simples do peso de cada posição nas respetivas carteiras.
As empresas que ocupavam as principais posições na média das carteiras continuam no topo da tabela, mas a LVMH, empresa de bens de consumo de luxo, perdeu a liderança e a ASML ocupou o seu lugar. A SAP também viu o seu peso reforçado e está agora em segundo lugar.
Setores, geografias e novos nomes
O setor financeiro continua a dominar, em termos de número de nomes, com seis posições no top 25, mas também na soma dos pesos médios, com 10,33%. A posição mais dominante é o grupo segurador AXA, com o quarto maior peso médio. O setor industrial, com cinco nomes na tabela, é o segundo com mais frequente - já o era em setembro - e com maior peso médio agregado. A alemã Siemens é o nome dominante. Por geografias, as empresas francesas dominam este top 25, seguidas das empresas alemãs. Na análise anterior a conclusão era a mesma.
Empresas como a re-seguradora Munich Re entraram neste ranking, bem como a britânica RELX - fornecedor de ferramentas analíticas e de decisão baseadas em informação para clientes profissionais e empresariais - o banco italiano UniCredit, a empresa de cosmética L'Oreal, a farmacêutica Novartis e o conglomerado financeiros Ing Groep, pela ordem que aparecem na tabela. Saíram do top25 a Roche, o HSBC, a Diageo, a Mercedes-Benz, a Hermes e o banco Intesa Sanpaolo.
Posição | % | Nome | Setor | País |
---|---|---|---|---|
1 | 5,73 | ASML | Tecnologia | Holanda |
2 | 3,39 | SAP | Tecnologia | Alemanha |
3 | 3,32 | LVMH | Consumo Cíclico | França |
4 | 2,87 | AXA | Financeiro | França |
5 | 2,79 | Siemens | Indústria | Alemanha |
6 | 2,76 | Novo Nordisk | Saúde | Dinamarca |
7 | 2,54 | Schneider Electric | Indústria | França |
8 | 2,36 | Deutsche Telekom | Comunicação | Alemanha |
9 | 2,34 | Air Liquide | Materiais Básicos | França |
10 | 2,24 | Airbus | Indústria | Holanda |
11 | 2,15 | Nestle | Consumo Defensivo | Suíça |
12 | 1,82 | Munich Re | Financeiro | Alemanha |
13 | 1,80 | AstraZeneca | Saúde | Reino Unido |
14 | 1,77 | Vinci | Indústria | França |
15 | 1,71 | Enel | Utilities | Itália |
16 | 1,65 | BNP Paribas | Financeiro | França |
17 | 1,61 | RELX | Indústria | Reino Unido |
18 | 1,59 | UniCredit | Financeiro | Itália |
19 | 1,53 | TotalEnergies | Energia | França |
20 | 1,52 | Allianz | Financeiro | Alemanha |
21 | 1,45 | Sanofi | Saúde | França |
22 | 1,40 | L'Oreal | Consumo Defensivo | França |
23 | 1,32 | Novartis | Saúde | Suiça |
24 | 1,29 | Unilever | Consumo Defensivo | Reino Unido |
25 | 1,07 | ING Groep | Financeiro | Holanda |