Para João Queiroz, head of online banking do Banco Carregosa, “maio representou uma relevante quebra da volatilidade VIX nos mercados acionistas quando as obrigações soberanas registaram subidas nas yields e as mercadorias continuaram a registar aumentos de preços, sobretudo, nas agrícolas, metais de base industrial e na energia”. Nesse sentido, o Top 10 de ETF mais subscritos do Banco Carregosa reflete essa forte preferência pelo mercado acionista.
À semelhança do mês anterior, em maio encontramos também vários fundos que seguem os principais índices acionistas mundiais, principalmente o S&P 500. No entanto, neste mês, a novidade no Top 10 desta entidade parece ser um fundo que procura acompanhar o desempenho de um índice composto pelas 50 maiores empresas da zona euro - o iShares Eurostoxxx. Neste contexto, João Queiroz diz que: “A Europa, que pouco convergiu com os EUA e Ásia, e com um trimestre de desfasamento, pode beneficiar da estratégia de reflação com as empresas cíclicas e de valor a apresentarem algum espaço de oportunidade”.
Já do lado do Banco Best, Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da entidade, começa por referir que “num Top de transações dominado por ETF que seguem índices de ações, registámos uma única presença de um ETF sobre commodities, mais precisamente sobre a prata, com o iShares Silver Trust”.
“Em termos de índices de ações, a diversidade é grande, sobretudo nos mercados americanos”, diz o profissional. Efetivamente, no Top 10 do Banco Best constam desde índices mais generalistas de ações globais, com o iShares Core MSCI World e Vanguard FTSE All-World ETF, às médias capitalizações, com o Invesco Russell 2000, mas também petróleo e gás, com o SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production. Claro, o mercado das grandes capitalizações também marcou presença, com os iShares S&P 500 EUR Hedged ETF e Vanguard S&P 500 ETF.
Regionalmente, e à semelhança das preferências dos investidores do Banco Carregosa, no Banco Best também os clientes revelaram preferências pela região europeia. “Podemos encontrar a Europa com um índice genérico, o iShares MSCI Europe SRI ETF e outro específico sobre o setor bancário, com o iShares EURO STOXX Banks 30-15 ETF (DE)”, apresenta Rui Castro Pacheco.
De facto, começamos a observar preferência dos investidores pelas ações europeias em maio. Aliás, vimos recentemente que os fluxos para ações europeias via ETF estavam em níveis máximos desde julho de 2020. Sendo assim, poderá a inflação e o ESG ser um presságio de que chegou o momento desses ativos?
Fantasmagórica presença
Em jeito de conclusão, João Queiroz refere ainda que: “Prospectivamente, quando os mercados acionistas acumulam neste ano retornos de 14%, isso parece sugerir um momento de pausa na valorização mais expressiva dos ativos de risco – ações - quando o VIX continua a efetuar mínimos de 12-18 meses, o fornecimento de liquidez se encontra extremamente elevado e as taxas de juros não refletem qualquer presença de inflação nem indício da sua fantasmagórica presença”.
ETF mais subscritos de maio de 2021
Banco Best | Banco Carregosa |
Invesco Russell 2000 UCITS ETF EUR | iShares MSCI WORLD UCITS |
SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF | Lyxor S&P 500 - A |
iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR | SPDR S&P500 Trus |
Vanguard S&P 500 UCITS ETF EUR | iShares Core S&P 500 UCITS |
iShares Silver Trust | iShares Eurostoxxx UCITS D |
iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR | iShares EUR Aggregate Bond UCI |
iShares EURO STOXX Banks 30-15 UCITS ETF (DE) | ProShares Ultra VIX Short-Term |
iShares MSCI Europe SRI UCITS ETF EUR (Acc) | iShares Markit iBoxx Euro High |
Vanguard FTSE All-World UCITS ETF EUR | Vanguard Total World Stock |
Invesco Solar ETF | ProShares UltraPro QQQ |