Banca privada do Carregosa com o valor sob gestão mais elevado de sempre

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Créditos: Álvaro Serrano (Unsplash)

O ano de 2020 até começou bem para o Banco Carregosa, como confessa nas linhas que assina Maria Cândida Rocha e Silva, no relatório e contas da entidade relativo ao ano passado. A presidente do conselho de administração conta que nas primeiras semanas houve um “um aumento de ativos sob gestão e sob supervisão” e o serviço de depositário registava também “um aumento de fundos”, com uma maior procura do banco para executar esse serviço. No entanto, o ano de 2020 ficou marcado pelo resultado líquido negativo da entidade, que foi na ordem dos -2,5 milhões de euros.

Dinamismo na banca privada e entrada em vigor da consultoria

No triénio 2019-2021 a entidade frisa alguns dos pilares de atuação fundamentais da entidade, de onde se destacam “o foco na consultoria e gestão de investimentos, no aconselhamento patrimonial, no crédito especializado e na atividade corporate, estes maioritariamente para apoio à atividade de banca privada”.

Precisamente a banca privada, ganhou novo fôlego em 2020. No relatório e contas escrevem que “a volatilidade dos mercados financeiros permitiu identificar bons momentos para a realização de investimentos”. Cresceram então o número de clientes, mas também os ativos sob gestão. Nesse sentido, 2020 trouxe uma redução das aplicações em depósitos.

Face então a 2019, os ativos sob gestão do segmento aumentaram 6,4%, atingindo o valor mais elevado de sempre, e o número de clientes, por sua vez, aumentou em 21,2%. Da entidade contam também que o ano ficou ainda marcado por ser o primeiro de atividade do serviço de consultoria para investimentos.

Aumentam fundos comercializados

Na área de poupança e investimento, 2020 foi de “reposicionamento da oferta”, orientado “clientes com elevado potencial de poupança e investimento”. O aumento da subscrição de fundos comercializados pelo banco foi uma das nuances. Desde já “resultado de uma maior dinamização comercial deste produto”, escrevem. Disponibilizaram assim mais ferramentas aos clientes neste âmbito, nomeadamente a “a Grande Escolha de Fundos, a maior gama de fundos disponíveis para subscrição e a crescente utilização pelos clientes da ferramenta de Seleção de Fundos”.

Fonte: relatório e contas 2020

Em termos totais, a entidade apresentava no final de 2020 18,3 milhões de euros comercializados em OIC.

Igualmente, os ativos sob gestão da entidade também aumentaram, e somaram os 160,2 milhões de euros. O resultado da “combinação das oportunidades oferecidas, do posicionamento conservador no final de 2019 e do esforço comercial, bem como do comportamento positivo das estratégias de gestão”, escrevem.

Fonte: relatório e contas 2020

Reforço do papel de banco depositário

Por fim, destaque também para o reforço da presença do banco no mercado de prestação de serviços de banco depositário. Conseguiu então a “captação de novas sociedades gestoras que depositam no Banco Carregosa a sua confiança”. No final de 2020, exercia funções de entidade depositária de 32 organismos de investimento coletivo, dos quais 12 fundos de investimento imobiliário, 17 fundos de capital de risco e 3 SICAFI.

Fonte: relatório e contas 2020

Estes números traduziram-se num crescimento de 14% no valor líquido global destes fundos. Tratavam-se de 786 milhões de euros no final de dezembro, dos quais 419 milhões de euros correspondem a fundos de investimento imobiliário.

Finalmente, recorde-se também que 2020 ficou marcado pela criação da Carregosa SGOIC, entidade gestora de fundos imobiliários.