Diversidade: a palavra que caracteriza as escolhas dos investidores em ETF

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Créditos: Steven Wilcox (Unsplash)

Num mês marcado por “generalizadas desvalorizações com os investidores a gerirem um aumento da volatilidade nos mercados acionistas e as subidas das yields de longo prazo”, começa por introduzir João Queiroz, head of online banking do Banco Carregosa, diversidade (entre as ações) parece ser a palavra que caracteriza os Top 10 de ETF mais subscritos pelos investidores do Banco Best e Banco Carregosa.

“Registamos mais um mês em que as commodities, com três ETF, são a única exceção aos índices acionistas, com sete posições”, começa por revelar Rui Castro Pacheco, diretor central do Banco Best. Assim, na tabela abaixo, constam ETF que tiram partido, por exemplo, da valorização do estilo growth, commodities, índices de ações globais, índices de ações americanos, com e sem cobertura cambial, sector energético, financeiro, tecnológico, semicondutores, biotecnologia e ainda das obrigações do tesouro a 20 anos dos EUA.

Relativamente às commodities, Rui Castro Pacheco apresenta que, do lado do Banco Best, houve “procura por seguir os preços do gás natural e do petróleo, com o United States Natural Gas Fund, LP e o United States 12 Month Oil Fund, LP, respetivamente”. Aliás, João Queiroz, sublinha que “as mercadorias mantiveram a tensão nos preços, o que favoreceu a recuperação da inflação para valores já muito acima dos objetivos de alguns bancos centrais e autoridades monetárias (embora o core sem energia nem alimentos ainda em valores aceitáveis)”. O profissional relembra ainda, no que toca ao gás natural, que os preços “registaram enormes valorizações desde agosto passado que o colocou em valores de 2014”.

Entretanto, do lado do Banco Carregosa, também observamos alguma preferência por este tipo de ETF, através do Lyxor Commodities Thomson Reuters e do CRUDP Crude Oil.

“No caso dos ETF que seguem índices de ações, temos muita diversidade”, reitera o profissional do Banco Best. No Top 10 desta entidade, mais especificamente, temos um índice de ações globais, representado pelo iShares Core MSCI World UCITS ETF, e índices de ações americanas, com o iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF e o Vanguard S&P 500 ETF. No campo mais tecnológico, observamos o Invesco EQQQ NASDAQ-100 UCITS ETF, ou no espaço growth, o ETF iShares Russell 2000 Growth.

Curiosamente, no Top 10 do Banco Carregosa está presente o mesmo índice de ações globais, os mesmos índices de ações americanas, à exceção dos seguintes: iShares Core S&P 500 UCITS e SPDR S&P500 Trust, que não constavam no Top 10 do Banco Best.

setorialmente é talvez onde se podem observar as maiores diferenças entre as escolhas dos investidores das duas entidades. “Registámos interesse nos setores das energias, com o SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF, e no setor financeiro, com o iShares U.S. Financials ETF”, apresenta Rui Castro Pacheco.

Por outro lado, no Banco Carregosa registaram procura pelo sector da biotecnologia, com o Direxion Daily S&P Biotech Bull, e semicondutores, com o Direxion Daily Semiconductors. De notar, ainda, a procura pelo comportamento das obrigações do Tesouro americano a 20 anos, com o Direxion Daily 20-Year Treasury Bear 3X.

ETF MAIS SUBSCRITOS DE SETEMBRO DE 2021

Banco BestBanco Carregosa
iShares Russell 2000 Growth ETFDirexion Daily S&P Biotech Bull
United States Natural Gas Fund, LPDirexion Daily Semiconductors
SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETFiShares MSCI WORLD UCITS 
United States 12 Month Oil Fund, LPDirexion Daily 20-Year Treasury Bear 3X
Invesco EQQQ NASDAQ-100 UCITS ETF (EUR Hdg)iShares S&P 500 EUR Hedged UCI
iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EURVanguard S&P 500
iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EURCRUDP Crude Oil
Vanguard S&P 500 ETFiShares Core S&P 500 UCITS
iShares Silver TrustLyxor Commodities Thomson Reuters
iShares U.S. Financials ETFSPDR S&P500 Trust
Fonte: Informação cedida pelas entidades.

Perspetivas mais modestas

Como habitual, João Queiroz lançou o que prospera para os próximos meses. É referido pelo profissional que “a liquidez nas carteiras aumentou”, devido ao aumento da volatilidade. Consequentemente, “a exposição está mais diversificada ou mesmo fragmentada”, afirma.

Por fim, conclui: “Com os resultados das empresas reportadas ao terceiro trimestre a começarem a ser apresentadas em meados de outubro, quando os custos aumentaram, como o exemplo da energia, e se mantêm disrupções na logística, os investidores estimam que as perspetivas sejam menos exuberantes que no primeiro e segundo trimestres, e sem perspetivas de maiores acréscimos do PIB mundial e da atividade empresarial”.