As valorizações dos principais índices europeus, dizem as três plataformas nacionais, estiveram na base dos “movimentos” realizados ao nível dos Exchange Traded Funds no segundo mês do ano.
No segundo mês do ano, no ActivoBank, os investidores, como já é habitual continuaram a preferir os ETFs alavancados. João Graça, da entidade, explica que, ainda assim “pela primeira vez em mais de 6 meses o ETF sobre VIX não lidera a tabela de negociação com os clientes a optarem por investir no DAX para capitalizar na tendência de subida que este tem mantido”. Refere igualmente que “com a espectativa de consolidação através de M&A e crescimento dos resultados, o setor financeiro destacou-se na negociação”.
No caso do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto, indica que em “fevereiro voltaram a registar-se volumes bastante interessantes em termos de negociação de ETFs”. Nos mais negociados destacam-se as “várias soluções com exposição ao segmento accionista europeu (nomeadamente iShares Euro Stoxx 50, db x-trackers FTSE MIB Index, Lyxor ETF IBEX 35, ComStage ETF PSI20)”. A profissional explica que “ainda que todos estes produtos tenham registado fluxos significativos tanto do lado das compras como vendas, o movimento de valorização de alguns destes índices subjacentes levou a que muitos investidores optassem pelo encaixe de algumas das mais valias obtidas no final do período”. Adicionalmente, refere, “o ETF iShares MSCI Switzerland Capped volta a constar da lista de títulos mais negociados”. Lembra que “em sequência do forte movimento de desvalorização do índice registado após o anúncio do Banco Central da Suíça relativo ao abandono da ligação do franco ao euro, o ETF registou fortes inflows já que muitos investidores reconheceram esse momento como um ponto de entrada interessante”. Com a recuperação do índice suíço, “os investidores aproveitaram para fazer profit taking da entrada estratégica realizada”, com “os fluxos registados neste ETF no mês de Fevereiro a corresponderem sobretudo a outflows”. Por fim, tal como acontece ao nível da subscrição de fundos de investimento, destacam “a procura por produtos com exposição ao segmento High Yield”, já que com este segmento a ser penalizado nos EUA “pela sua alocação ao sector de energia que, por sua vez, foi prejudicado pelo movimento de queda dos preços do petróleo, os investidores começam a vislumbrar algumas oportunidades neste segmento”.
No caso do Banco Best, a preferência dos investidores ao nível dos ETFs foi para o mercado acionista. Carlos Almeida, diretor de investimentos, refere que essa eleição se concretizou “através do ETF da BlackRock - iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que investe nas 50 empresas de maior capitalização”. Refere igualmente que “o mercado espanhol e português também registaram maior procura, com o ETF Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF que replica o índice MSCI Spain Index composto pelas 25 empresas mais liquidas do mercado espanhol”, mas também através do “ETF da Comstage - Comstage PSI 20 UCITS ETF que investe nas empresas mais liquidas do mercado português”. Já ao nível do mercado americano, “a escolha dos investidores foi para o índice S&P500 e para o setor biotecnológico e farmacêutico, através de dois ETFs da BlackRock; iShares S&P 500 UCITS ETF (dist) EUR e o ETF iShares Nasdaq Biotechnology ETF”.