ETF mais subscritos em novembro: commodities e criptomoedas entre as apostas dos investidores

Recentemente demos-lhe conta que os ETF estão no caminho certo para atingir um recorde de entradas este ano, principalmente na Europa. Mas e o que nos dizem as preferências dos investidores do Banco Best e Banco Carregosa?

No mês de novembro, os investidores de ETF destas duas entidades parecem demonstrar dois comportamentos distintos. Por um lado, no Banco Best, há “um domínio das preferências por ETF ligados a índices acionistas, com apenas duas exceções que vão para ETF ligados a commodities”, revelam da área de investimentos da entidade. Por outro, no Banco Carregosa, João Queiroz, head of online banking da entidade, apresenta que o mês “revelou um menor apetite pelo risco e menos complacência perante o acréscimo de incerteza”.

Na verdade, o profissional do Banco Carregosa comenta o facto que se registou “uma evolução das yields a 10 Anos dos EUA que após testarem os 1,71% com perspetivas de inflação, mas depois da tomada de consciência de uma nova variante caiu aos quase 1,32%”.

No que toca às preferências pela classe acionista, “há muita diversidade”, tal como dizem da área de investimento do Banco Best. Desde opções mais generalistas, tais como o iShares Core MSCI World UCITS ETF, às escolhas pelo índice mais genérico do mercado norte-americano, com o iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF, Amundi S&P 500 UCITS ETF e Vanguard S&P 500 UCITS ETF. Nas opções mais específicas, as escolhas recaem sobre o iShares Russell 2000 Growth ETF, o Invesco Russell 2000 UCITS ETF e o Invesco EQQQ NASDAQ-100 UCITS ETF, sendo que, as duas primeiras opções procuram “empresas com capitalizações um pouco mais baixas e o último a procurar empresas de cariz mais tecnológico”, comentam da área de investimento da entidade.

Adicionalmente, vemos duas escolhas habituais por partes dos investidores do Banco Best: o United States Natural Gas Fund, LP e o iShares Silver Trust.

Contudo, para o profissional do Banco Carregosa, “a venda dos ativos de risco no final do mês foi mais penalizante pela perceção de que a nova estirpe poderia voltar a ter impacto na evolução de relevantes componentes do crescimento económico e alterou o sentimento que se observava até meados do mês”.

Como tal, os investidores de ETF desta entidade apostaram no ouro, petróleo, e ainda nas criptomoedas. Mais concretamente, no que toca ao ouro, observamos o ETF Physical Gold, e nas criptomoedas a procura por índices que seguem o preço da Ethereum (Ethereum Tracker EUR XBT Provider) e da Bitcoin (Bitcoin Tracker EUR). Há ainda interesse pelo petróleo através do ETF Crude Oil.

De facto, a procura por ouro é interessante, tendo em conta que o metal amarelo tem sido historicamente o grande protetor das carteiras quando a inflação vem à tona. Já o petróleo tem sido impulsionado pela recuperação da procura no pós-pandemia e pela oferta insuficiente. Por fim, no que concerne à escolha pelas criptomoedas, João Queiroz justifica que estas "mantêm o interesse dos traders e investidores, mas ainda não se colocam como ativos de refúgio nem apresentam relevante correlação ou significância com os mercados acionistas, a que não será alheia a sua curta existência, comparativamente com outros instrumentos financeiros".

No segmento de ações, os mercados globais registaram a maior procura com duas estratégias distintas, o iShares MSCI World EUR Hedged e o iShares Core MSCI World UCITS ETF. Há ainda espaço para escolha por mercados emergentes através do iShares MSCI Emerging Markets.

ETF mais subscritos de novembro de 2021