O novo PPR da SGF, Doutor Finanças e Dolat ao detalhe

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Sergio Ruivinho, Nuno Leal e Carim Habib Créditos: Cedidas

“Nós, no Doutor Finanças o que queremos é ajudar as pessoas a tomar as melhores decisões financeiras. Se essa vertente é obviamente mais visível no crédito, não se extingue aí”, introduz Nuno Leal, responsável de Investimentos  na entidade, numa conversa com todas as partes envolvidas no recém lançado fundo de pensões PPR SGF Doutor Finanças. O objetivo passa, assim, por complementar o apoio ao cliente na vertente do crédito com a disponibilização de uma solução de investimento orientada para a poupança a longo prazo. 

Segundo diz, depois de diversas conversas entre o intermediário de crédito e a Dolat Capital - o parceiro selecionado para o aconselhamento financeiro do produto - aterrou-se numa solução PPR.  Não só por causa de todos os benefícios fiscais inerentes - à entrada e à saída -  como também pela “necessidade de as pessoas constituírem um complemento para viverem melhor no período da reforma”, acrescentou também  Nuno Leal. 

Mais concretamente,  a decisão baseou-se em três pilares, segundo o profissional. “Primeiro, ajudar as pessoas. Em segundo lugar, é um modelo de produto que encaixa no espírito das três instituições envolvidas. E, por fim, achamos que as soluções já existentes no mercado poderiam ser desafiadas de uma forma interessante, com a chegada deste produto. Isto não só ao nível dos custos, como na vertente da simplicidade”, explica.

O perfil de investimento, com uma elevada ponderação de ações e commodities, posiciona este novo PPR entre os mais agressivos do mercado. Para Nuno Leal, quando falamos de investimentos com um horizonte temporal tão longo como o proposto - e o que faz sentido na faixa etária das pessoas que recorrem aos serviços deste intermediário - um perfil mais exposto a ações é o que faz sentido. “No longo prazo, as incertezas tornam-se mais próximo de certezas. Se olharmos para o comportamento histórico dos ativos de risco, numa perspetiva de mais de oito anos, é raro um período em que uma composição média de ativos como a nossa não seja muito benéfica para quem investe. Num horizonte de oito anos, devo investir com risco e não segurança”, ilustra. 

Carim Habib, como o responsável pela Dolat Capital, o advisor deste PPR, considera “que há um grande alinhamento no objetivo e na missão entre o Doutor Finanças e a Dolat Capital”. Um alinhamento, diz, que os levou também à escolha da SGF como parceiro. “Do nosso lado o objetivo é ajudar os portugueses a investir melhor o seu dinheiro e a atingir os objetivos financeiros. Após muita discussão, chegámos a conclusão de que um PPR seria uma excelente solução de investimento”, diz. 

Na seleção da SGF como parceiro no projeto, Carim Habib resume os três critérios que levaram a Dolat Capital e o Doutor Finanças a esta opção. “É uma casa com experiência, independente e alinhada com a nossa filosofia”, justifica.

Alocação e investimento

“Perante as diversas alternativas, concluímos que ter um produto simples, investir de forma indexada - através de ETF -, com custos estruturalmente baixos e sem fazer transações frequentes era o que fazia sentido”, explica Carim Habib. Já na alocação, o profissional comenta que, perante objetivos de capitalização “relativamente acelerados”, e com o horizonte proposto, se pedia uma exposição significativa a ações, mas cada classe de ativos tem a sua função. “Ações globais para crescimento, obrigações para diversificação e estabilidade e as mercadorias como fator adicional de diversificação, sem recurso a apostas táticas”, comenta. Cada uma das classes de ativos é canalizada para um portfolio muito concentrado de ETF, o que contribui significativamente para a flexibilidade e eficiência do PPR, segundo o responsável da Dolat Capital. “Poucos ETF, mas bem selecionados, de casas de investimento líderes na Europa e com fortes capacidades”, adiciona. 

A parcela do investimento em obrigações foca-se em ativos investment grade de emitentes soberanos, supranacionais ou corporativos, “com uma duração adequada ao horizonte de investimento proposto no PPR, de cerca de 8 anos, ou superior”. 

Já nas mercadorias, Carim Habib comenta que o caminho passa pelo investimento em instrumentos indexados diversificados, de exposição direta, mas também alguns específicos para mercadorias como o ouro. 

O objetivo, segundo diz, é que a carteira se posicione em torno dos pesos alvo definidos e reportados anteriormente, com rebalanceamentos sistemáticos, muito embora possa variar dentro dos intervalos de alocação. “Queremos que os investidores vejam a carteira como previsível, transparente e fácil de entender”, diz.

O fundo tem uma comissão fixa de 1% e uma comissão de performance de 10% (com high water mark), algo que, para os intervenientes, representa um custo muito abaixo da mediana no segmento de soluções PPR nos perfis de risco mais elevados. O racional da comissão variável, por seu lado, passa pelo alinhamento de interesses. “Em anos francamente positivos, todos os intervenientes ganham e ninguém fica penalizado em anos negativos. Uma forma equilibrada de alinhar os interesses”, acrescenta Nuno Leal.

A gestora de fundos de pensões

Para Sérgio Ruivinho, administrador executivo na SGF, o PPR SGF Doutor Finanças “é uma parceria que expressa o reconhecimento da experiência e know-how acumulados pela SGF ao longo das últimas três décadas, num ano que foi nada menos que extraordinário. Acima de tudo, estamos convictos de que temos uma excelente equipa e providenciamos um excelente serviço para os clientes que pensam em poupança e investimento. Esta solução é um reflexo disso.”