Ariel Bezalel e Harry Richards, gestores da estratégia Jupiter Dynamic Bond, descrevem a sua tese macro e partilham a sua visão atual sobre os mercados. Comentário patrocinado pela Jupiter AM.
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TRIBUNA de Ariel Bezalel e Harry Richards, gestores da estratégia Jupiter Dynamic Bond. Comentário patrocinado pela Jupiter AM.
“Os mercados financeiros estão a contrair e farão parte do trabalho por nós”, disse o governador da Reserva Federal, Christopher Waller, assinalando uma possível inversão da retórica da Reserva Federal sobre a trajetória futura da política de taxas de juro.
Embora a ata da recente reunião do FOMC ainda faça referência a prosseguir com a política atual, também sublinha duas vezes que tal deve ser efetuado com cautela. A nossa posição é que já deveriam ter tido mais cautela.
Os bancos centrais, guiados pelos seus indicadores-chave de desempenho que são a gestão da inflação e o desemprego, estão a ter a sua ação estratégica ditada por dois dos indicadores menos dinâmicos que é possível encontrar. É o equivalente a conduzir um carro olhando ao mesmo tempo pelo retrovisor. Contudo, se tivermos em conta os mais recentes indicadores-chave para antecipar o caminho que temos pela frente, já é possível vislumbrar uma série de fatores que apontam para uma recessão.
A nossa tese macro
• Hard landing
para a economia dos EUA, impulsionada pela contração monetária e pela maior restritividade na concessão de crédito.
• Forças recessivas
alimentadas pela diminuição das poupanças das famílias e pela estagnação do mercado de trabalho.
• Fim do ciclo restritivo
à medida que se verifique um abrandamento no crescimento e nos salários, criando espaço para os bancos centrais atuarem.
A política monetária atua com desfasamentos longos e variáveis e, ainda que os números do PIB e os dados do mercado de trabalho (por exemplo, desemprego) dos EUA tenham sido bastante sólidos até ao momento, começam a surgir algumas fissuras uma vez que a indústria continua frágil e o PMI do setor dos serviços começa agora a acompanhar essa fragilidade.
O consumo tem sido um fator preponderante nos últimos trimestres à medida que o excedente da poupança é reabsorvido pela economia, mas (ver o gráfico abaixo) agora a grande maioria das famílias já não dispõe de reservas de poupanças. Assim sendo, é difícil imaginar de que forma o dinamismo do consumo poderá continuar a contribuir para um crescimento robusto, em especial com a retoma dos reembolsos dos empréstimos estudantis (student loans) no quarto trimestre.
Apesar do mercado de trabalho permanecer sólido à superfície, começamos a ver algumas mudanças nas tendências. A taxa de desemprego segue uma trajetória ascendente, em 3,8% em setembro, um valor superior às expectativas. De igual forma, a diminuição das taxas de abandono e o aumento nas perdas de postos de trabalho permanentes assinalam algum abrandamento do mercado de trabalho, ao passo que as tendências dos trabalhadores temporários e das horas extraordinárias apontam para uma maior estagnação do mercado de trabalho no futuro.
Além disso, parece que muitos participantes no mercado deixaram de estar focados no estado do sistema bancário dos EUA. Conforme ilustrado pelo gráfico abaixo, ainda há um fosso entre os custos dos depósitos para os bancos comerciais e a rentabilidade oferecida por instrumentos simples do mercado monetário, sendo muito provável que daqui decorra incerteza nos depósitos ou menores lucros. As tendências recentes nos ativos dos bancos e nos empréstimos comerciais e industriais, agora numa trajetória de contração, mostram claramente as consequências da maior restritividade na concessão de crédito. Tal deverá constituir mais um fator desfavorável para a economia em geral e o mercado de trabalho no futuro.
Numa nota mais positiva, vemos progressos claros no que toca a trajetória de desinflação em muitas das principais economias, com as tendências nas cadeias de abastecimento e nos mercados das matérias-primas a indicarem que está para breve uma aceleração da desinflação. As tendências recentes nos mercados da energia, em especial a respeito dos preços do crude, são algo que estamos a acompanhar de perto, sobretudo à luz da instabilidade que se vive no Médio Oriente. O efeito combinado de um dólar mais forte, preços mais altos dos combustíveis num momento de diminuição dos excedentes de poupanças e o retomar dos reembolsos dos empréstimos estudantis, parece-nos representar um cocktail tóxico, para o consumidor dos EUA. É importante assinalar que qualquer aumento nos preços do petróleo neste momento irá pura e simplesmente desviar a despesa de outras áreas da economia.
Nesta conjuntura, pensamos que os próximos seis a 12 meses darão motivos (ou poderão mesmo obrigar) aos bancos centrais em todo o mundo, a adotarem uma postura menos restritiva. Os bancos centrais dos mercados desenvolvidos continuam a parecer relativamente dependentes dos dados, mas se olharmos para os mercados emergentes já vemos alguns cortes nas taxas de juro. O Brasil e o Chile já iniciaram o seu ciclo de corte das taxas, tal como a Hungria. Estes são os mesmos bancos centrais que anteciparam o ciclo de subida de taxas há dois anos e, como tal, podem ser um bom indicador para os mercados desenvolvidos.
Por fim, a China é o elefante na sala. Embora os dados de agosto tenham mostrado algumas melhorias, ainda continuam débeis. Não pensamos que as atuais medidas de apoio postas em prática pelo governo se mostrem suficientes para resolver os desequilíbrios estruturais no mercado da habitação, onde entre 20 a 30% do PIB provém da construção. Há que recordar que o imobiliário na China constitui a maior classe de ativos do mundo. Assim, é pouco provável que as medidas fragmentadas anunciadas até ao momento tenham um efeito muito duradouro.
Uma aliciante oportunidade de investimento
Talvez fosse sensato que os investidores tivessem presente que, as mudanças de política monetária poderão levar algum tempo a manifestar-se. Contudo, a história sugere que quando se fazem sentir, o impacto pode ser drástico e rápido.
Um contexto em que a inflação continua a subir, o crescimento vacila e o quadro do emprego está a piorar é uma conjuntura na qual a política restritiva da Reserva Federal vai rapidamente tornar-se insustentável e à qual se seguirão cortes. Na nossa opinião, estas circunstâncias criam as bases para uma conjuntura de investimento extremamente promissora para os títulos de fixed income.
Acreditamos piamente nas nossas perspetivas macro, mas naturalmente sabemos que não há certezas e existem fatores que poderão mudar esta trajetória. O mundo é um local imprevisível e volátil, como todos temos visto amiúde diariamente. Porém, qualquer que seja o futuro dos mercados obrigacionistas, o amplo leque de classes de ativos de fixed income disponíveis faz-nos acreditar que uma carteira de obrigações globais flexível e dinâmica deverá ter as ferramentas necessárias para superar esse desafio. A oportunidade de investimento em fixed income, tal como a vemos, é aliciante.
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Riscos específicos do fundo:
Este fundo pode investir mais de 35% do seu valor em títulos emitidos ou garantidos por um Estado do EEE. O(s) subfundo(s) podem estar sujeitos a outros fatores de risco. Consulte o Prospeto para mais informações.
Risco cambial - O fundo pode estar exposto a diferentes moedas e movimentos nas taxas de câmbio que poderão resultar num aumento ou numa diminuição do valor dos investimentos.
Obrigações com uma notação de crédito de subinvestimento - O fundo pode investir uma parte significativa dos seus ativos em títulos com uma notação de crédito inferior a grau de investimento atribuída por uma agência de notação. Estes títulos acarretam um maior risco de perda de capital ou de incumprimento das obrigações de pagamento de rendimentos por comparação com as obrigações com notação de grau de investimento.
Risco de taxa de juro - O fundo pode investir em ativos cujo valor é sensível a variações nas taxas de juro (por exemplo, obrigações), o que significa que o valor destes investimentos pode registar flutuações significativas com as alterações nas taxas de juro, por exemplo, o valor de uma obrigação tende a diminuir quando as taxas de juro sobem.
Risco de crédito - O emitente de uma obrigação ou de um investimento similar dentro do fundo poderá não pagar os rendimento ou reembolsar o capital ao fundo na data de vencimento.
Risco associado aos preços - Os movimentos dos preços nos ativos financeiros significam que o valor dos ativos pode aumentar ou diminuir, sendo que este risco é, normalmente exacerbado em condições de mercado mais voláteis.
Obrigações convertíveis contingentes - O fundo pode investir em obrigações convertíveis contingentes. Estes instrumentos podem registar perdas materiais com base em determinados acontecimentos. Mais especificamente, estes acontecimentos podem resultar numa perda parcial ou total do valor ou os investimentos podem ser convertidos em ações, sendo que é provável que ambos os casos impliquem perdas significativas.
Risco de derivados - O fundo pode utilizar derivados para gerar rendibilidade e/ou reduzir os custos e o risco geral para o fundo. A utilização de derivados pode acarretar um maior nível de risco. Um pequeno movimento no preço de um investimento subjacente pode resultar num movimento desproporcionalmente grande no preço do investimento derivado.
Risco de contraparte - O risco de perdas devido ao incumprimento de uma contraparte, por exemplo, no âmbito de um contrato de derivados ou de um depositário que guarda os ativos do fundo.
Encargos retirados do capital - Parte ou a totalidade dos encargos do fundo podem ser deduzidos do capital. Caso não haja uma valorização suficiente do capital no fundo tal poderá causar uma erosão do capital.
Para uma explicação mais pormenorizada dos riscos, consulte a secção “Fatores de Risco” do Prospeto.
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