Na opinião do gestor do abrdn SICAV II - European Smaller Companies Fund, o melhor momento para comprar small caps é quando é desconfortável fazê-lo.
A atrativa valorização das empresas de pequena capitalização colocou a classe de ativos no radar dos investidores, mas, por sua vez, a sombra da recessão permanece e as que mais tendem a sentir as ramificações de um abrandamento económico são as small caps.
E este sentimento é apoiado pelos dados. Segundo uma análise da William Blair, que compara as small caps americanas com as suas homólogas em large caps, nos meses que antecedem uma recessão, as grandes empresas tendem a ter um melhor desempenho em comparação com as mais pequenas. Mas na opinião de Andrew Paisley, a chave está no ponto de inflexão, no momento em que esta tendência muda e as small caps superam as large caps: “O ponto de inflexão chega mais rápido do que parece”, insiste. Na verdade, praticamente no primeiro mês do início de uma recessão económica.
“Por isso, o melhor momento para comprar small caps é quando é mais desconfortável fazê-lo”, reconhece o gestor do abrdn SICAV II - European Smaller Companies Fund. “Não me aventuro a dizer se estamos próximos desse ponto de inflexão, mas atrevo-me a afirmar que, daqui a 3-5 anos, estaremos no pico contrário”. Como vemos no gráfico, quando a recuperação chega, chega rápido. De facto, nas últimas seis semanas, Paisley detetou um aumento na procura do investidor por esta classe de ativos.
O que esperar do abrdn SICAV II - European Smaller Companies Fund
Este ano, o abrdn SICAV II - European Smaller Companies Fund conta com Rating FundsPeople por ser um produto blockbuster no mercado ibérico. Lançado em 1997, o fundo é um dos mais antigos na classe de ativos. “Temos um track record que já foi testado em quatro ciclos de mercado completos”, destaca.
O seu elemento distintivo é uma ferramenta de análise quantitativa que avalia o universo de 1.000 empresas com base em 13 indicadores técnicos enviesados para fatores de qualidade, crescimento e momentum. Apelidado de matrix, este filtro quantitativo ajuda a equipa gestora a destacar empresas do primeiro e segundo quartis, ponderando estes três fatores.
Esta análise quantitativa é apenas um prelúdio da geração de ideias: dos 1.000 nomes iniciais, reduzem-se a 200 as empresas que são realmente atrativas para os gestores. Mas a partir daí, a construção da carteira é baseada numa análise fundamental de Paisley, da equipa gestora e de analistas. “Procuramos empresas com uma história de crescimento própria, para que esse seja o seu vento favorável e não dependa da macroeconomia”, explica Paisley.
O resultado é uma carteira de alta convicção de 40-50 títulos. Desta forma, a rotação da carteira tende a ser baixa, de apenas 10% anuais.