"À medida que olhamos para as forças em jogo na economia global, parece que estamos no meio de uma grande recuperação; que se desenrola a alta velocidade. Este é um dos casos mais significativos da história de ajuste monetário, e está a acontecer no contexto de um abrandamento económico, uma combinação altamente invulgar", começa por referir Virginie Maisonneuve.
Agora, a meio do ano, comenta, "estamos a assistir à retirada do QE e aos aumentos dos juros num mundo que está a abrandar, e não a crescer, o que é muito atípico". Tendo em conta este cenário, a questão que coloca aos investidores é: qual é o rumo desta grande mudança? E pode a inflação atingir o pico em breve? Para a profissional da Allianz GI, o ponto de inflexão para os mercados de ações pode chegar quando as expetativas de subida dos juros nos EUA saltarem de 50 pontos-base para 25 p.b. ou zero.
Esta pode ser a altura em que as más notícias se transformam em boas notícias. Embora, conforme explica, o ambiente económico possa, nesse momento, ser ainda mais desafiante do que agora, o final do ciclo de ajustamento pode então começar a vislumbrar-se. "Com isto em mente, acreditamos que os investidores poderão beneficiar de uma carteira diversificada ancorada em torno de um número selecionado de estratégias de elevada convicção, como ações de valor de qualidade ou inovação com impacto (ex.: inteligência artificial, cibersegurança e mitigação/adaptação climática)", conclui a especialista.
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