A eleição de Donald Trump e a subida das taxas de juro por parte da Fed marcaram os últimos dois meses da maior economia mundial. Descubra como se têm comportado os fundos que investem na América do Norte.
Um dos eventos pelo qual o ano de 2016 vai ser lembrado é a eleição do 45º Presidente dos Estados Unidos da América. As duas maiores fações políticas da maior economia do mundo dividiam a sucessão de Barack Obama. Do lado do Partido Democrata, jogava-se a continuação no poder, com a potencial sucessão de Barack Obama a fazer-se por intermédio de Hillary Clinton. Do outro lado da barricada estava o Partida Republicano, que ambicionava eleger o magnata Donald Trump para a Casa Branca. Os resultados são os conhecidos – e contra a grande maioria das sondagens – e Donald Trump sucede à família Bush como presidente dos Estados Unidos pelo partido Republicano.
Além deste evento político, também o aumento recente das taxas de juro pela Fed, colocou os “olhos do mundo” na economia norte-americana. As taxas subiram de 0,5% para 0,75% e poderá ser apenas o início de um processo que poderá continuar durante o ano que está quase a chegar.
Com tudo isto, é importante olhar para os fundos nacionais que investem unicamente no mercado norte-americano. Segundo a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – existem seis fundos que apresentam o seu foco na maior economia mundial. De todos eles, aquele que regista maior rendibilidade nos doze meses anteriores a 20 de dezembro é o Santander Acções América, gerido pela Santander Asset Management, com uma rendibilidade de 19,16%. Acima de 15% de ganhos ainda surge mais um produto. Trata-se do Caixagest Acções EUA, da Caixagest, que regista uma rendibilidade de 16,34%.
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Esses mesmos dois fundos lideram o mercado, se ampliarmos o prazo de análise para os dois, três e cinco anos, embora com alternância na liderança e com valores muito próximos. A dois anos a liderança vai para o produto da Caixagest com ganhos de 16,98% contra os 16,36% do fundo gerido pela Santander AM. Já a três anos há um empate técnico, com ambos os fundos a conseguiram registar ganhos anualizados de 16,7%. A cinco anos o fundo da Caixagest supera o da Santander Asset Management em apenas um décima, situando-se acima dos 16% de ganhos anualizados.
E o resto do segmento?
Se olharmos para os restantes quatro fundos, estes surgem com rendibilidades bastante díspares entre eles. Com 13,17% nos últimos doze meses vem o IMGA Ações América que está sob alçada da IM Gestão de Ativos. Este produto é gerido por António Dias, e na ficha de novembro, revelava que o fundo “valorizou 5,1%, penalizado pelo posicionamento underweight nos setores financeiros e uma sobreponderação nos setores tecnológicos, também penalizados neste ambiente de mercado”.
Logo depois vem o BPI América D que faz parte da BPI Gestão de Activos. Gerido por José Badalo, este fundo “investe em acções cotadas em dólares sem protecção cambial, pelo que a rentabilidade do fundo é afectada positiva ou negativamente pela evolução do dólar face ao euro” tendo registado ganhos de 9,57% nos últimos doze meses. Relativamente ao mês passado, o gestor afirma, na ficha mensal, que “em termos sectoriais, mais uma vez o sector financeiro registou a melhor performance, após uma valorização mensal de 13.7%. Para além da subida das yields e potencial aumento das margens financeiras, a banca é um sector que pode vir a beneficiar do plano de diminuição de regulação de Trump”.
Os restantes fundos apresentam rendibilidades inferiores a 6%. Com 5,18% vem o NB Ações América da GNB Gestão de Ativos, enquanto que o BPI América, na Classe E, registou ganhos de 3,7%. Relembramos que esta classe E “investe em acções cotadas em dólares com protecção cambial”, conforme se pode ler no documento oficial do produto.